Duas esfinges

Era uma vez uma esfinge,
Que ficava na estrada de Tebas,
Dali ela gritava aos transeuntes:
"Decifra-me ou te devoro"

Era uma vez outra esfinge,
Que chegou na estrada de Tebas.
Então, com seus passos errantes,
Da primeira ouviu o urro.

Não pensou duas vezes,
Sussurrou por entre os lábios:
"Decifra-me tu, ora bolas".

Jantaram-se a luz de velas,
Temperadas com vinho branco
E torradas para acompanhar.

Fernando de Sá Moreira